ESBOÇOS SINFÔNICOS
Foi em 1903 que, em uma temporada em Cannes, na
Costa do Mediterrâneo, Debussy iniciou a composição de La Mer. Embora
fosse quase nenhum o seu conjunto pessoal com esse elemento, limitando-se a
simples vilegiaturas em praias de banhos e a duas travessias do Canal da
Mancha, o seu amor levou-o a escrever estas palavras bem expressivas: “Velho amigo,
o mar, sempre belo”. Do seu talento, de sua imaginação, porém, saíram esses
esboços para orquestra, de extraordinária força descritiva. Neles estão
presentes as ondas, o vento, o sol e as espumas, com brilhante eloqüência.
A estréia de La Mer verificou-se a 15 de
outubro de 1905, em execução da Orquestra Lamoureaux, sob a direção de Camille Chevillard.
Serviu de motivo para explosões de desagrado a Debussy, talvez por motivos de
ordem particular, inteiramente alheios à arte.
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| Serge Koussevitzky |
É dessa magnífica obra que Serge Koussevitzky
nos dá uma soberba interpretação na direção da Orquestra Sinfônica de Boston,
salientando o aspecto impressionista. Perfeita a execução da orquestra que,
evidentemente, seguiu à risca os movimentos da famosa batuta de Koussevitzky.
Apesar de não ser muito recente, tratando-se de
uma reimpressão – tanto mais que Serge Koussevitzky já deixou a direção da
Sinfônica de Boston – a gravação da “His Master’s Voice” é excelente. Aliás,
honra lhe seja feita, a famosa etiqueta inglesa só nos apresenta – pelo menos
até agora o tem feito – produtos de alto padrão.
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| George Melachrino |
La Mer, como se sabe, se compõe de três esboços
sinfônicos: De L’aube a Midi Sur la Mer, Jeux de Vagues e Dialogue
Du Vent e de la Mer.
Apenas aos amantes da música fina, em particular
aos que tem predileção pela música descritiva, se recomenda essa gravação.
Na foto: George Melachrino e seu conjunto de
cordas possuem elevado número de admiradores entre nós. Fantasias é a
especialidade de Melachrino. Um dos seus maiores sucessos é a especialidade de
Lecuona, Malageña. Grava para o selo Victor.
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